Você já ouviu falar que o colágeno tipo 2 pode ser a solução para a artrose? Com o aumento dos casos de desgaste articular, muitas pessoas buscam alternativas para aliviar dores e melhorar a mobilidade. Mas será que esse suplemento realmente funciona? A ciência tem investigado seus efeitos, e os resultados geram discussões.

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Aqui te mostrarei evidências científicas e te ajudarei a entender como o colágeno tipo 2 age no organismo e se ele pode ser uma opção eficaz no tratamento da artrose.

O QUE É CARTILAGEM?

Antes de respondermos a pergunta central, é importante lembrar que a cartilagem é um tecido composto por quatro camadas e funciona como uma grande almofada entre os ossos, absorvendo energia cinética e transmitindo-a para a estrutura óssea. Um grande problema da cartilagem é que ela possui poucas células e muita matriz extracelular, tornando-se um tecido com baixo potencial de regeneração natural.

Além disso, com o envelhecimento, é comum que todos desenvolvam algum grau de degeneração articular. Aos 60 anos, por exemplo, a maioria das pessoas já apresenta sinais de desgaste, mesmo sem sintomas. Quando isso se agrava, chamamos de artrose, que é o estágio final da degeneração cartilaginosa, também chamada de condropatia.

Para entender melhor o que é a artrose e como ela afeta suas articulações, acesse o link https://adrianoleonardi.com.br/joelho/artrose/.

TRATAMENTOS PARA DOENÇAS CARTILAGINOSAS

O tratamento da artrose pode ser não cirúrgico ou cirúrgico. Entre os tratamentos não cirúrgicos podemos estão a prática de atividade física regular e os nutracêuticos (alimentos que ajudam no processo anti-inflamatório).

ATIVIDADE FÍSICA NO TRATAMENTO DA ARTROSE DE JOELHO: POR QUE O CICLISMO É UM GRANDE ALIADO

No tratamento não cirúrgico, a primeira linha de abordagem é a atividade física regular, pois ela ajuda a:

  • Fortalecer a musculatura ao redor do joelho, como quadríceps e isquiotibiais, o que melhora a estabilidade da articulação;

  • Reduzir a sobrecarga na cartilagem articular, distribuindo melhor as forças que passam pelo joelho;

  • Estimular a lubrificação natural da articulação, através do líquido sinovial, o que reduz o atrito e melhora os movimentos;

  • Controlar a inflamação crônica, que é uma das causas do agravamento da dor;

  • Melhorar o condicionamento físico e o humor, combatendo o sedentarismo e suas consequências sistêmicas.

POR QUE O CICLISMO É TÃO INDICADO?

O ciclismo é uma das atividades mais recomendadas para quem tem artrose de joelho, e não é à toa:

  • Baixo impacto: ao contrário da corrida, o ciclismo não gera impacto direto nas articulações, evitando microtraumas repetitivos;

  • Movimento cíclico e controlado: o pedal gira de forma suave, promovendo mobilidade e nutrição articular;

  • Fortalecimento muscular: ativa principalmente os músculos das pernas e do quadril, que são fundamentais para proteger o joelho;

  • Versatilidade: pode ser feito ao ar livre, em grupo, ou em bicicletas ergométricas dentro de casa;

  • Controle de intensidade: é possível ajustar a carga e a duração, adaptando o exercício a diferentes fases da artrose.

NUTRACÊUTICOS

Outra linha no tratamento conservador são os nutracêuticos, substâncias consumidas diariamente que podem ter efeitos benéficos no organismo. Entre os nutracêuticos mais utilizados para a cartilagem estão:

  1. Glicosamina e condroitina (os mais antigos e populares)

  2. Colágeno tipo 2

  3. Ácido hialurônico (viscossuplementação)

COMO OS NUTRACÊUTICOS AGEM NA CASCATA INFLAMATÓRIA DA ARTROSE?

Um dado importante sobre os nutracêuticos de uso articular é que eles agem na chamada cascata inflamatória da doença cartilaginosa, conhecida na medicina como sinovite, uma inflamação crônica dentro das articulações que, a longo prazo, derrota a articulação, levando à degeneração e, eventualmente, à artrose. Atualmente, o estudo da artrose está focado justamente nessa ocorrência inflamatória e na sua redução. Isso modifica a evolução da doença.

GLICOSAMINA

A glicosamina, por exemplo, foi amplamente estudada nos últimos 20 anos e as evidências científicas mais robustas apontam que ela não funciona. Tanto a Associação Americana de Cirurgiões Ortopédicos quanto a Sociedade Internacional de Osteoartrite recomendam não utilizar essa substância. Cabe ressaltar que a Glicosamina é um produto sintético e, com isso, pode causar vários efeitos colaterais, como por exemplo o aumento glicêmico, ou seja, o aumento da concentração de açúcar no sangue e, por isso, não deve ser utilizado por pacientes diabéticos.

COLÁGENO TIPO 2

O colágeno é uma proteína estrutural essencial para diversos tecidos do corpo. Existem 12 tipos de colágeno, sendo o tipo 2 o mais prevalente na cartilagem. Comercialmente, ele pode ser encontrado nas formas hidrolisada e não hidrolisada.

Estudos indicam que o colágeno não hidrolisado pode reduzir a inflamação dentro da articulação, levando a uma melhora de 33% a 40% nos sintomas, como dor e mobilidade. Também há redução no uso de analgésicos de resgate. Quando comparado à glicosamina e condroitina, o colágeno tipo 2 apresenta melhores resultados.

No entanto, seu uso deve ser racional, pois é um tratamento caro, pode ter efeitos colaterais e ainda carece de mais evidências científicas robustas. Ele nunca deve ser utilizado como monoterapia (único tratamento), mas sim associado a outras abordagens, como:

  1. Mudança no estilo de vida: perda de peso, alimentação adequada e a prática de atividade física regular ajudam no controle da inflamação causada pelo processo de artrose.

  2. Modificação da doença: viscossuplementação com ácido hialurônico (infiltração articular).

  3. Equipe multidisciplinar: médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e profissionais de educação física.

Imagem 4: O ciclismo é uma atividade física de baixo impacto para as articulações e, por isso, ótima para quem tem artrose, pois ajuda a reduzir o processo inflamatório desencadeado por ela, proporcionando alívio de dor e aumento da mobilidade.

Além disso, é importante associar o colágeno tipo 2 a vitamina C em doses baixas, como 50 mg e 100 mg, aumenta a absorção do colágeno no trato gastro intestinal e o aumento da sua biodisponibilidade, ou seja, aumenta sua concentração no sangue e, por isso, é melhor aproveitado pelo nosso organismo.

MAS AFINAL, O COLÁGENO TIPO 2 AJUDA NO COMBATE À ARTROSE?

O colágeno tipo 2 pode ser útil, mas não é uma solução milagrosa. O melhor investimento para a saúde das articulações está em mudanças de hábitos e tratamentos baseados em evidências científicas de alta qualidade, como a prática de atividade física regular.

Portanto, para um tratamento seguro e eficaz da artrose, é fundamental contar com a orientação de um profissional experiente, que avalie seu caso de forma individualizada e indique as melhores opções para preservar suas articulações e qualidade de vida. Se você se interessa pelo assunto, assista também ao vídeo “Colágeno Tipo 2 para Artrose: Funciona?” https://www.youtube.com/watch?v=feAjvMaQe20&t=1s

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