Você já se perguntou por que, mesmo seguindo recomendações médicas, a dor da artrose persiste? A verdade é que muitos pacientes confiam em tratamentos sem entender como eles realmente funcionam — e, mais importante, quais são suas limitações. Será que os medicamentos que você usa são realmente eficazes? Ou existem opções mais avançadas que poderiam mudar o curso da sua doença?

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Aqui te ajudarei a entender quais são os medicamentos mais utilizados no tratamento da artrose, desmistificando promessas milagrosas e trazendo informações baseadas em evidências científicas.

O QUE É A ARTROSE?

A artrose, também conhecida como osteoartrite, é uma doença degenerativa das articulações caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem, levando à dor, inchaço, inflamação e limitação de movimentos. Afeta principalmente as articulações de carga, como joelhos, quadris e coluna, e é mais comum em idosos, embora também possa ocorrer em indivíduos mais jovens devido a lesões ou fatores genéticos.

Imagem 1: A figura mostra a perda da cartilagem característica do processo de artrose.

 

O QUE É CARTILAGEM?

A cartilagem articular tem a função de reduzir o atrito entre os ossos e absorver impactos. Com a progressão da artrose, essa estrutura se deteriora, causando dor e rigidez. A doença pode impactar significativamente a qualidade de vida, tornando essencial um tratamento eficaz para o controle dos sintomas e a manutenção da mobilidade.

Imagem 2: Cartilagem saudável.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA ARTROSE

O tratamento da artrose é multidisciplinar e pode envolver mudanças no estilo de vida, fisioterapia, controle do peso, medicamentos e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. A escolha da terapia depende da gravidade da doença e da resposta do paciente aos diferentes tratamentos. Entre as opções farmacológicas mais utilizadas, destacam-se:

 

1. ANALGÉSICOS

Esses medicamentos são usados principalmente para aliviar a dor, mas não combatem a causa da dor, como a inflamação ou o desgaste da articulação. Eles atuam no cérebro e na medula espinhal, bloqueando os sinais de dor, ou diminuindo a percepção da dor no sistema nervoso.

  1. Paracetamol: Considerado uma opção segura para dores leves a moderadas. Seu uso excessivo, no entanto, pode afetar o fígado. Contraindicado para pacientes com doença hepática grave.
  1. Dipirona: Bastante utilizada no Brasil, é eficaz para aliviar dores moderadas, com menor risco de efeitos adversos gastrointestinais. Contraindicada para pacientes com histórico de alergia à dipirona ou agranulocitose.

Contraindicação: O uso excessivo desses medicamentos pode prejudicar o fígado ou os rins, por isso devem ser tomados com cuidado e sob prescrição médica.

2. ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINES)

Esses medicamentos são bastante utilizados quando há dor e inflamação, que são comuns na artrose. Os AINEs, como o Ibuprofeno e o Diclofenaco, reduzem a inflamação ao bloquear a produção de substâncias inflamatórias chamadas prostaglandinas, que são responsáveis pela dor e pelo inchaço na área afetada.

  1. Ibuprofeno, Naproxeno e Diclofenaco: Eficazes para reduzir a dor e a inflamação, mas podem causar efeitos colaterais gastrointestinais e cardiovasculares, especialmente em uso prolongado. São contraindicados para pacientes com histórico de úlceras, insuficiência renal ou doenças cardiovasculares graves.

Contraindicação: O uso prolongado de AINEs pode causar problemas no estômago (como úlceras), no coração e nos rins. Eles devem ser usados com cautela, especialmente em pessoas com histórico dessas doenças.

3. ANALGÉSICOS OPIÁCEOS

Esses medicamentos são fortes e geralmente usados apenas para dores muito intensas, quando outros remédios não funcionam. Eles agem diretamente no cérebro, bloqueando os sinais de dor que ele recebe, o que faz com que o paciente sinta menos dor ou não sinta nada.

  1. Tramadol: Um opioide fraco, indicado para dores moderadas a intensas. Deve ser usado com cautela devido ao risco de dependência. Contraindicado para pacientes com histórico de abuso de substâncias ou depressão respiratória.
  1. Codeína e Morfina: Reservados para casos mais graves, apresentam maior risco de dependência e efeitos colaterais como sedação e constipação. Devem ser evitados em idosos com risco de queda e pacientes com doenças respiratórias graves.

Contraindicação: Estes medicamentos têm alto risco de dependência e podem causar efeitos como sonolência, constipação intestinal e diminuição da respiração, por isso devem ser usados com muito cuidado e apenas sob orientação médica.

4. SUPLEMENTOS CONDROPROTETORES

Suplementos como glucosamina e condroitina são comumente empregados no tratamento da artrose, mas a literatura científica sugere que seus efeitos são semelhantes aos do placebo, ou seja, não resultam em melhora significativa dos sintomas nem impedem a progressão da doença.

5. INJEÇÕES INTRA-ARTICULARES

ÁCIDO HIALURÔNICO

A viscossuplementação com ácido hialurônico pode melhorar a lubrificação da articulação, atenuar o processo inflamatório da artrose e reduzir a dor. Estudos mostram que essa abordagem pode auxiliar na manutenção da cartilagem articular e retardar a progressão da doença. É contraindicado para pacientes com infecção ativa na articulação ou alergia a componentes da formulação.

CORTICOSTERÓIDES

As injeções de corticoides oferecem alívio rápido da dor e inflamação, mas seu uso frequente pode causar efeitos adversos, como degradação da cartilagem e osteoporose local. São contraindicados para pacientes com infecções sistêmicas ou diabetes descompensada.

NOVAS TERAPIAS E MEDICINA REGENERATIVA

Com os avanços na medicina regenerativa, novos tratamentos estão sendo estudados para auxiliar na regeneração da cartilagem e no alívio da dor.

1. PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP)

O PRP utiliza componentes do próprio sangue do paciente para estimular a regeneração da cartilagem e reduzir a inflamação. Estudos indicam que essa terapia pode proporcionar alívio prolongado da dor e retardo na progressão da artrose.

2. CÉLULAS-TRONCO

As terapias com células-tronco estão sendo investigadas como uma forma de regenerar a cartilagem danificada. Os primeiros estudos mostram resultados promissores, mas ainda são necessárias mais pesquisas para comprovar sua eficácia e segurança.

O PAPEL DOS NUTRACÊUTICOS NO COMBATE À ARTROSE

Os nutracêuticos são compostos bioativos encontrados em alimentos ou suplementos que podem auxiliar na redução da inflamação e na preservação da cartilagem articular. Alguns dos principais nutracêuticos utilizados no manejo da artrose incluem:

  1. Cúrcuma (Curcumina): A cúrcuma, rica em curcumina, é um poderoso anti-inflamatório natural que pode auxiliar no alívio da dor e na redução da inflamação nas articulações afetadas pela artrose. Uma alternativa complementar aos tratamentos tradicionais, com benefícios respaldados por estudos científicos.
  1. Ômega-3 (EPA/DHA): Encontrado em peixes de água fria, auxilia na redução da inflamação crônica das articulações e pode melhorar a mobilidade.
  1. Colágeno Tipo II: É um dos principais componentes da cartilagem articular e estudos recentes mostram a sua eficácia quando utilizado com outras terapias. Ajuda a melhorar a elasticidade e a resistência da cartilagem articular, podendo reduzir a dor e melhorar a melhora da função.
  1. Abacate: Rico em compostos bioativos, como fitoesteróis, que possuem propriedades anti-inflamatórias e podem contribuir para a redução da dor e melhora da função articular. Tem sido muito estudado por seu efeito na proteção da cartilagem e redução da progressão da artrose.

OS MEDICAMENTOS PODEM CURAR A ARTROSE?

O tratamento da artrose deve ser personalizado e individualizado, levando em conta a gravidade da doença, as condições de saúde do paciente e sua resposta às terapias disponíveis. Além dos medicamentos, manter um estilo de vida saudável com a prática de atividades físicas é essencial, incluindo fisioterapia, fortalecimento muscular e controle do peso. Vale ressaltar que a abordagem terapêutica da artrose não se limita a uma única estratégia, mas sim a uma combinação de tratamentos ajustados à evolução da doença e às necessidades individuais de cada paciente. Os nutracêuticos podem desempenhar um papel importante no controle da inflamação e na melhora dos sintomas. Por isso, consultar um ortopedista qualificado é fundamental para definir o melhor plano de tratamento.

Para um tratamento seguro e eficaz da artrose, é fundamental contar com a orientação de um profissional experiente, que avalie seu caso de forma individualizada e indique as melhores opções para preservar suas articulações e qualidade de vida.

E se você se interessou pelo assunto e quer entender um pouco mais sobre estratégias para atenuar a progressão da artrose, assista ao vídeo “4 Atitudes que podem parar a atrose”: https://www.youtube.com/watch?v=1ljF5Ms3Z9Y&t=1s.

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