“Será que você realmente precisa operar o joelho?” Muitos pacientes acreditam que a cirurgia é o único caminho quando recebem o diagnóstico de artrose. Mas o que poucos sabem é que, em grande parte dos casos, a dor e a limitação podem ser controladas — ou até revertidas — com estratégias conservadoras, desde que aplicadas da forma certa e no tempo certo.
A verdade é que o sucesso do tratamento da artrose de joelho não está apenas em escolher entre cirurgia ou remédio, mas em entender quando e como cada abordagem deve ser usada. E mais: atrasar a decisão certa pode custar caro — em dor, perda de mobilidade e qualidade de vida.
Aqui te mostrarei o que a medicina mais atual recomenda para tratar a artrose de joelho — sem mitos, sem promessas milagrosas, e com base em evidências sólidas da ortopedia e da medicina regenerativa.

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Para entender melhor o que é a artrose e como ela afeta suas articulações, acesse o link https://adrianoleonardi.com.br/joelho/artrose/.
 
ESTRATÉGIAS CONSERVADORAS NO TRATAMENTO DA ARTROSE
As abordagens conservadoras são geralmente a primeira linha de tratamento para a artrose, visando aliviar os sintomas e melhorar a função articular sem recorrer à cirurgia. Entre as principais estratégias estão:
1. EDUCAÇÃO DO PACIENTE E MODIFICAÇÃO DO ESTILO DE VIDA
 
Educação: Informar o paciente sobre a natureza da artrose, seu curso e opções de tratamento é essencial para o manejo eficaz da doença.​


Controle de Peso: A redução de peso em pessoas com sobrepeso ou obesidade diminui significativamente a sobrecarga nas articulações, especialmente nos joelhos — aliviando a dor e melhorando a mobilidade. Mas os benefícios vão além do aspecto mecânico: a gordura abdominal atua como um tecido inflamável, produzindo substâncias chamadas adipocinas (como a leptina), que alimentam a inflamação crônica típica da artrose. Por isso, emagrecer não é apenas uma questão de aliviar o joelho — é também uma forma poderosa de frear o avanço da doença na raiz do problema.


As adipocinas inflamatórias são proteínas que participam da inflamação e da resposta imunológica do organismo. São produzidas pelo tecido adiposo e estão envolvidas na obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições patológicas.




Atividade Física: Exercícios regulares, como caminhada, ciclismo e natação, fortalecem os músculos ao redor das articulações, diminuem o processo inflamatório, melhoram a flexibilidade e reduzem a dor.​


 
 
2. FISIOTERAPIA
 
Analgesia: A fase analgésica da fisioterapia é o primeiro passo no tratamento da artrose, focando no alívio da dor para permitir a progressão do tratamento. Nessa etapa, são usados recursos como eletroterapia, calor, gelo e mobilizações leves. Com a dor controlada, o paciente consegue realizar exercícios de fortalecimento e reabilitação funcional com mais eficácia.
 
Exercícios Terapêuticos: Programas de exercícios personalizados ajudam a aumentar a amplitude de movimento, fortalecer a musculatura e melhorar a estabilidade articular.​


3. TERAPIAS FARMACOLÓGICAS
Analgésicos: Medicamentos como o paracetamol são frequentemente utilizados para alívio da dor leve a moderada.​


Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs): Ibuprofeno e naproxeno podem ser prescritos para reduzir a inflamação e aliviar a dor, embora devam ser usados com cautela devido a possíveis efeitos colaterais gastrointestinais e cardiovasculares.​


Injeções Intra-articulares: Corticosteróides ou ácido hialurônico podem ser injetados diretamente na articulação para alívio temporário da dor e inflamação.​


4. DISPOSITIVOS DE ASSISTÊNCIA
Órteses e Suportes: O uso de joelheiras, palmilhas e outros dispositivos pode ajudar a redistribuir a carga nas articulações afetadas, proporcionando alívio da dor e melhorando a função.​


Auxiliares de Marcha: Bengalas e andadores podem ser recomendados para reduzir a carga nas articulações durante a deambulação.​


TERAPIAS REGENERATIVAS NO TRATAMENTO DA ARTROSE
Nos últimos anos, as terapias regenerativas têm ganhado destaque como uma opção promissora no tratamento da artrose, visando não apenas aliviar os sintomas, mas também promover a regeneração do tecido articular.
1. PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP)
Mecanismo de Ação: O PRP é obtido a partir do sangue do próprio paciente e contém uma alta concentração de plaquetas, que liberam fatores de crescimento promovendo a reparação tecidual.​


Evidências Clínicas: Estudos sugerem que injeções de PRP podem reduzir a dor e melhorar a função em pacientes com artrose de joelho, embora mais pesquisas sejam necessárias para estabelecer protocolos padronizados.​

2. CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS (CTMS)
Mecanismo de Ação: As CTMs têm potencial para se diferenciar em diversos tipos celulares, incluindo condrócitos, as células da cartilagem, além de possuírem propriedades anti-inflamatórias.​


Evidências Clínicas: Embora estudos preliminares indiquem benefícios na redução da dor e melhora da função articular, a aplicação de CTMs ainda é considerada experimental, e são necessárias mais pesquisas para confirmar sua eficácia e segurança.​


 
Caso tenha interesse, saiba mais no vídeo “Artrose no Joelho – Tratamento sem Cirurgia”: https://www.youtube.com/watch?v=jzmW8sOvdow&t=1s.
 
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS NO TRATAMENTO DA ARTROSE
Quando as abordagens conservadoras não proporcionam alívio adequado dos sintomas, procedimentos cirúrgicos podem ser considerados.
1. ARTROSCOPIA
Procedimento: Utiliza-se uma câmera e instrumentos especializados para visualizar e tratar lesões dentro da articulação através de pequenas incisões.​


Indicações: Pode ser útil para remover fragmentos soltos de cartilagem ou reparar lesões meniscais em casos selecionados.​


Evidências Clínicas: A eficácia da artroscopia no tratamento da artrose é limitada, e sua indicação deve ser cuidadosamente avaliada.​


Imagem: Procedimento cirúrgico de videoartroscopia. (A)Artrocentese. (B) Líquido sinovial coletado. (C) Posicionamento dos instrumentos cirúrgicos e locais de entrada. (D) Visualização da cartilagem articular para limpeza de vestígios ou áreas sem nivelamento.
 
2. SUB CONDROPLASTIA
A subcondroplastia é um procedimento moderno, feito com uma agulha e câmera, usado em casos de artrose de joelho quando o paciente tem dor por causa de uma área “machucada” dentro do osso, chamada edema ósseo.
O médico injeta um tipo de “cimento especial” nesse local, que vai sendo absorvido com o tempo e ajuda a reforçar o osso, aliviar a dor e melhorar o movimento.
É uma opção para quem ainda não precisa colocar prótese, mas já tentou outros tratamentos e continua com dor.


 
Para saber mais sobre a subcondroplastia, assista ao vídeo “Artrose no Joelho: Tratamento Revolucionário pela Subcondroplastia”: https://www.youtube.com/watch?v=QPYy4lKkYQw&t=2s.
 
3. OSTEOTOMIA
A osteotomia realinha o eixo do joelho, redistribuindo a carga e aliviando a pressão sobre a área lesionada pela artrose. Uma opção cirúrgica eficaz para pacientes jovens e ativos, com o objetivo de preservar a articulação.
Procedimento: Envolve a remodelação dos ossos para realinhar a articulação e redistribuir a carga, aliviando a pressão sobre a área danificada.​


Indicações: Mais comum em pacientes mais jovens com deformidades articulares e artrose localizada.​


 
 
4. ARTROPLASTIA (SUBSTITUIÇÃO ARTICULAR)
Procedimento: Substituição da articulação danificada por uma prótese artificial.​


Indicações: Indicada para pacientes com dor intensa e incapacitante que não responderam a tratamentos conservadores.​


Resultados: A artroplastia total do joelho ou quadril tem demonstrado melhora significativa na dor e na função, com altas taxas de satisfação dos pacientes.
A artroplastia do joelho — ou prótese total — é indicada quando a dor e a limitação funcional tornam-se severas e os tratamentos conservadores já não oferecem alívio. Uma solução definitiva para recuperar qualidade de vida e mobilidade.

O vídeo a seguir aborda os tipos de “Cirurgia para Artrose no Joelho”: https://www.youtube.com/watch?v=4z8OdXp9KR8&t=1s.
COMO ESCOLHER O TRATAMENTO IDEAL PARA A ARTROSE?
A escolha do tratamento ideal depende de diversos fatores, incluindo:
Grau de comprometimento articular: A gravidade da artrose, avaliada por exames clínicos e de imagem (como radiografias e ressonância magnética), influencia diretamente a indicação terapêutica.


Idade e nível de atividade do paciente: Pacientes mais jovens e ativos podem se beneficiar mais de tratamentos regenerativos ou de osteotomias, enquanto idosos com maior comprometimento funcional podem ser candidatos à artroplastia.


Comorbidades clínicas: Condições como doenças cardiovasculares, diabetes ou uso crônico de medicamentos interferem na escolha e segurança de certos tratamentos, principalmente farmacológicos e cirúrgicos.


Preferências do paciente: A decisão compartilhada, considerando os valores e objetivos de vida do paciente, é essencial. Nem todos estão dispostos a se submeter a uma cirurgia ou a realizar terapias injetáveis, por exemplo.


ABORDAGEM EM ETAPAS
A maioria dos especialistas segue uma abordagem progressiva no tratamento da artrose:
Fase Inicial


Educação, controle de peso, fisioterapia e analgesia leve.


Suplementos com evidência limitada, como condroitina e glucosamina.


Fase Moderada


AINEs, infiltrações com corticosteróides ou ácido hialurônico.


Avaliação para terapias regenerativas como PRP.


Fase Avançada


Consideração de cirurgia: osteotomia, artroscopia (em casos selecionados), ou artroplastia total/ parcial.
A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR
O tratamento da artrose exige a participação de uma equipe multidisciplinar que pode incluir ortopedistas, reumatologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Essa abordagem integrada:
Maximiza o controle da dor e melhora da função;


Reduz o uso de medicamentos em longo prazo;


Encoraja mudanças sustentáveis no estilo de vida.


Além disso, a educação contínua do paciente é uma das ferramentas mais poderosas. Pacientes bem informados tendem a aderir melhor ao tratamento e apresentar melhores desfechos clínicos.
 
ENTÃO, QUAIS OS TRATAMENTOS PARA A ARTROSE?
A artrose é uma condição progressiva, mas seu curso pode ser significativamente alterado com intervenções adequadas e oportunas. O tratamento conservador é sempre o ponto de partida, mas não significa tratamento “fraco” — pelo contrário, quando bem executado, pode adiar ou até evitar a necessidade de cirurgia.
Por outro lado, os avanços cirúrgicos e regenerativos oferecem esperança para casos mais graves, com técnicas cada vez mais seguras e eficazes.
Se você sente dor articular persistente, rigidez ao se levantar ou dificuldade em realizar atividades simples do dia a dia, não espere a dor piorar. Quanto antes for iniciado o tratamento, melhores as chances de evitar a progressão da doença.
E se você quiser saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo “Qual o melhor remédio para Artrose?”: https://www.youtube.com/watch?v=_8AhZSf8QR0&t=32s.
 
 
 
 

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