A condromalácia patelar é uma doença que atinge uma grande parte da população. Por isso, o diagnóstico da condromalácia patelar, feito de forma adequada, é muito importante. Será ele, que irá nortear o tratamento.
Conheça o Diagnóstico da Condromalácia Patelar
O diagnóstico da condromalácia patelar deve ser centrado no conhecimento profundo dos distúrbios biomecânicos, do gesto esportivo e da evolução da lesão da cartilagem.
A história detalhada dos sintomas da condromalácia como o início da dor, localização, inchaços, estalidos, rangidos, perda de força, relação com o uso de escadas e incapacidade para a prática esportiva é fundamental.
No exame físico, inicialmente aplica-se alguns testes biomecânicos para se avaliar como o paciente desacelera. Nestes testes, além de se detectar qualquer distúrbio, também é possível avaliar a qualidade da contração do músculo anterior da coxa (quadríceps). Dizemos então se a excentricidade do paciente é boa ou não. Na execução destes testes também notamos se o paciente possui hiperfrouxidão ligamentar, se possui pé plano ou outras anomalias do alinhamento dos membros inferiores.
À seguir, passamos a procurar por áreas de inchaço ou dor no joelho. Passamos então a ver como o joelho se alinha com o osso da coxa. Um desalinhamento pode ser um indicador da condromalácia patelar. Aplicamos então os chamados testes irritativos patelares. Havendo dor, os consideramos positivos e podemos dizer que a dor do paciente deve-se a lesão da cartilagem da patela.
Depois disso, passamos aos exames de imagem. Tanto as radiografias, quanto a tomografia servem para determinar se existe mau alinhamento articular, como a báscula da patela aumentada, patela alta e aumento do ângulo Q.
A ressonância magnética é o exame de escolha para ver o desgaste da cartilagem da patela, tanto na condromalácia, quanto em outras condropatias. Nela é possível saber a profundidade da lesão, também chamado de grau da condromalácia, se existe derrame articular (água no joelho), edema ósseo e se existem outras lesões associadas como a plica sinovial medial interposta ou uma tendinite patelar.
Classificação da Condromalácia Patelar
Didaticamente, dividimos a condromalácia em 4 graus. Como a cartilagem articular possui quatro camadas, cada grau nada mais é que o aprofundamento da lesão, chegando até o osso subjacente, chamado subcondral.
Condromalacia grau 1
Também chamado de condropatia patelar incipiente. Refere-se ao amolecimento da camada mais externa da cartilagem da patela. Acomete indivíduos dos 20 aos 30 anos.
Condromalacia grau 2
Aqui, a segunda camada da cartilagem foi acometida tanto pelo amolecimento quanto por pequenas erosões.
Condromalacia grau 3
Mostra que a lesão chegou à terceira camada da cartilagem, já com erosões e fissuras mais profundas, podendo haver edema do osso logo abaixo (subcondral).
Condromalacia grau 4
Seria o grau mais grave, indicando exposição do osso com uma porção significativa da cartilagem deteriorada. A exposição óssea leva à fricção osso-a-osso, gerando reação inflamatória intensa, com dor e inchaço frequentes no joelho, típicas de qualquer condropatia.
Condromalacia grau 5
Também conhecida por artrose femuro-patelar, onde a cartilagem foi atingida em quase toda a sua totalidade e as alterações típicas da artrose (desgaste articular) estão presentes entre a patela e o fêmur, como os cistos, bicos de papagaio e incapacidade de esticar e dobrar completamente o joelho.
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