A condromalácia patelar é uma doença que atinge uma grande parte da população. Por isso, o diagnóstico da condromalácia patelar, feito de forma adequada, é muito importante. Será ele, que irá nortear o tratamento.

Conheça o Diagnóstico da Condromalácia Patelar

 

O diagnóstico da condromalácia patelar deve ser centrado no conhecimento profundo dos distúrbios biomecânicos, do gesto esportivo e da evolução da lesão da cartilagem.

 

A história detalhada dos sintomas da condromalácia como o início da dor, localização, inchaços, estalidos, rangidos, perda de força, relação com o uso de escadas e incapacidade para a prática esportiva é fundamental.

 

No exame físico, inicialmente aplica-se alguns testes biomecânicos para se avaliar como o paciente desacelera. Nestes testes, além de se detectar qualquer distúrbio, também é possível avaliar a qualidade da contração do músculo anterior da coxa (quadríceps). Dizemos então se a excentricidade do paciente é boa ou não. Na execução destes testes também notamos se o paciente possui hiperfrouxidão ligamentar, se possui pé plano ou outras anomalias do alinhamento dos membros inferiores.

Diagnóstico da Condromalácia Patelar
A ressonância auxilia no diganostico da condromalacia. Na figura (A), imagem de condromalácia patelar grau II em um homem de 46 anos de idade. (B) imagem de condromalácia patelar grau III em uma mulher de 51 anos de idade, onde se observa irregularidade de contorno e afinamento da cartilagem (setas). (C) Imagem de condromalácia patelar grau IV em uma mulher de 63 anos. Há extensa perda condral de espessura total da cartilagem. Há também edema ósseo (setas).

 

À seguir, passamos a procurar por áreas de inchaço ou dor no joelho. Passamos então a ver como o joelho se alinha com o osso da coxa. Um desalinhamento pode ser um indicador da condromalácia patelar. Aplicamos então os chamados testes irritativos patelares. Havendo dor, os consideramos positivos e podemos dizer que a dor do paciente deve-se a lesão da cartilagem da patela.

 

Depois disso, passamos aos exames de imagem. Tanto as radiografias, quanto a tomografia servem para determinar se existe mau alinhamento articular, como a báscula da patela aumentada, patela alta e aumento do ângulo Q.

 

A ressonância magnética é o exame de escolha para ver o desgaste da cartilagem da patela, tanto na condromalácia, quanto em outras condropatias. Nela é possível saber a profundidade da lesão, também chamado de grau da condromalácia, se existe derrame articular (água no joelho), edema ósseo e se existem outras lesões associadas como a plica sinovial medial interposta ou uma tendinite patelar.

Classificação da Condromalácia Patelar

Didaticamente, dividimos a condromalácia em 4 graus. Como a cartilagem articular possui quatro camadas, cada grau nada mais é que o aprofundamento da lesão, chegando até o osso subjacente, chamado subcondral.

Condromalacia grau 1

Também chamado de condropatia patelar incipiente. Refere-se ao amolecimento da camada mais externa da cartilagem da patela. Acomete indivíduos dos 20 aos 30 anos.

 

Diagnóstico da Condromalácia Patelar

 

Condromalacia grau 2

Aqui, a segunda camada da cartilagem foi acometida tanto pelo amolecimento quanto por pequenas erosões.

 

Diagnóstico da Condromalácia Patelar

 

Condromalacia grau 3

Mostra que a lesão chegou à terceira camada da cartilagem, já com erosões e fissuras mais profundas, podendo haver edema do osso logo abaixo (subcondral).

 

Diagnóstico da Condromalácia Patelar

 

Condromalacia grau 4

Seria o grau mais grave, indicando exposição do osso com uma porção significativa da cartilagem deteriorada. A exposição óssea leva à fricção osso-a-osso, gerando reação inflamatória intensa, com dor e inchaço frequentes no joelho, típicas de qualquer condropatia.

 

Diagnóstico da Condromalácia Patelar

 

Condromalacia grau 5

Também conhecida por artrose femuro-patelar, onde a cartilagem foi atingida em quase toda a sua totalidade e as alterações típicas da artrose (desgaste articular) estão presentes entre a patela e o fêmur, como os cistos, bicos de papagaio e incapacidade de esticar e dobrar completamente o joelho.

 

Diagnóstico da Condromalácia Patelar

 

 

 

 

 

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