A corrida de rua é um esporte que se popularizou e veio para ficar.
Desde os anos 60, com os conceitos difundidos por Kenneth Cooper, esta atividade tem ganhado cada vez mais adeptos, sendo a grande maioria em busca de qualidade de vida. Apesar de estar ligada ao ganho rápido de condicionamento cardiovascular, sabe-se hoje que a corrida de rua esta também ligada a um alto índice de lesões nos joelhos, principalmente as ligadas ao micro-trauma de repetição como a condromalácia, tendinite patelar e fraturas de estresse.
Felizmente, a medicina do esporte é uma especialidade que tem tido o reconhecimento cada vez maior da população. O conceito da avaliação pré participativa tem se difundido entre atletas, esportistas e treinadores e visa minimizar os riscos de uma prática esportiva.
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A prevenção de lesões no joelhos na corrida de rua tem sido estudada ostensivamente nos últimos 10 anos e o consenso entre a maioria dos autores inclui:
Consulta pré participativa em um médico do esporte
Este item é fundamental principalmente para as pessoas que estão saindo do sedentarismo.
Em uma primeira avaliação o médico do esporte realiza uma triagem metabólica, ortopédica e cardiovascular em busca dos chamados fatores de risco como, por exemplo, aumento dos níveis de colesterol, arritmias e resposta inadequada da pressão arterial ao esforço físico.
Nesta etapa muita gente fica assustada e acredita que praticar esporte seja um risco. Mas, na verdade, a prática esportiva (principalmente aeróbica) reduz o risco de doenças cardiovasculares como o temido infarto agudo do miocárdio e a primeira consulta no médico do esporte serve para que se determine o mal que o sedentarismo fez ao indivíduo e que seja melhor orientado a sua incursão no esporte.
Níveis hormonais como o cortisol, vitamina D e a testosterona são de suma importância principalmente para as mulheres, pois estão intimamente ligados a fraturas estresse.
E por fim, a avaliação do aparelho locomotor determina desequilíbrios musculares e a capacidade de absorção de energia cinética pelos membros ao se analisar o sinergismo da contração muscular do quadril com o resto do membro, coxa e perna. Qualquer alteração nestes parâmetros, mesmo que mínimos, está ligada ao desenvolvimento de doenças como a condromalácia e tendinite patelar.
Consulte um nutricionista
Redução de peso significa menos energia cinética a ser disspiada a cada passo.
Além do equilíbrio pondero-estatural (controle de peso), o planejamento alimentar também pode influenciar na performance.
Durma bem!
Diversos estudos apontam relação entre horas de sono e a suscetibilidade ao excesso de peso, visto que o encurtamento do sono diminui a relação leptina/grelina, o que resulta em aumento da fome. Esse aumento da fome pode estar associado a uma maior ingestão de alimentos (geralmente muito calóricos) que desencadeia a obesidade.
Procurar um treinador especializado
Para se praticar corrida de rua não basta apenas comprar um tênis e começar correndo por conta própria. Estudos apontam que o principal fator para o desenvolvimento de lesões de micro-trauma de repetição está associado ao treino sem orientação.
Um bom treinador sabe realizar a preparação física direcionado para corrida e dosar o volume de treino.
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Fortaleça o joelho
O joelho atua como o principal dissipador de energia cinética no esporte. Ou seja, qualquer impacto ou força de explosão passa por esta articulação. A falta de preparo muscular pode não dissipar corretamente e causar sobrecarga com lesões a cartilagens, tendões e à membrana.
O ganho do músculo anterior (quadríceps) da coxa é crucial para o preparo ao esporte, idealmente em uma academia sob a supervisão de um educador físico, evitando-se angulações e posturas lesivas.
Fortaleça o quadril
A musculatura do quadril vem, cada vez mais ganhando atenção em traumatologia esportiva. Acredita-se que os músculos glúteo médio e mínimo, principais estabilizadores do quadril, quando fortes e de rápida contração, evitam que o joelho “caia para dentro”, fazendo com que a pessoa adote a postura que chamamos de “valgo dinâmico”, muito comum em mulheres que praticam corrida de rua.
Não exagere no treino
Picos súbitos de treino visando determinada prova pode ser o “estopim” de uma lesão, principalmente se os tecidos do joelho já estão sobrecarregados. Estudos tem demonstrado que, dentre as demais articulações, o joelho trabalha muito próximo aos seus limites fisiológicos e a dor após um treino exagerado pode demonstrar que uma lesão se instalou.
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