INTRODUÇÃO
Você sente dor no joelho, toma um anti-inflamatório, a dor melhora… mas depois volta. E aí começa tudo de novo: mais remédio, mais alívio passageiro — e, sem perceber, o uso vai se tornando rotina.
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Essa é a realidade de muitos pacientes com artrose, mas você sabia que quando usados por longos períodos, esses medicamentos podem causar sérios danos à saúde, como problemas gástricos, renais e cardíacos?
Mais do que remediar a dor, é preciso tratar a causa. E a atividade física, quando bem orientada, funciona como um verdadeiro anti-inflamatório natural. Ela reduz a inflamação crônica, fortalece os músculos que protegem o joelho e melhora a mobilidade com segurança.
Aqui te mostrarei os riscos do uso contínuo dos anti-inflamatórios e por que o movimento — especialmente com foco em exercícios como o ciclismo — deve ser o centro do cuidado com a artrose.

O PAPEL DOS AINES NO TRATAMENTO DA ARTROSE
Quando temos artrose, o corpo produz substâncias inflamatórias chamadas prostaglandinas, que causam dor, inchaço e rigidez nas articulações. Os AINEs (como Ibuprofeno, Diclofenaco e Naproxeno) agem bloqueando uma enzima chamada ciclo-oxigenase (ou COX), que é responsável pela produção dessas prostaglandinas. Em resumo: Menos prostaglandinas = menos dor e inflamação.
E ONDE ESTÁ O PROBLEMA DO USO PROLONGADO?
O nosso corpo não produz prostaglandinas apenas para inflamar. Ele também precisa delas para:
- Proteger o estômago contra o ácido gástrico;
- Manter o fluxo sanguíneo nos rins funcionando bem;
- Controlar a pressão arterial e ajudar no equilíbrio cardiovascular.
Quando usamos AINEs por muito tempo, essas funções também são bloqueadas, o que pode causar:
- Úlceras no estômago e sangramentos;
- Problemas renais, como retenção de líquidos ou até falência dos rins;
- Maior risco de infarto e derrame, especialmente em quem já tem pressão alta ou colesterol alto.
POR QUE ISSO IMPORTA PARA QUEM TEM ARTROSE?
Porque a artrose é uma condição crônica — ou seja, dura muitos anos. E se o paciente depender apenas dos AINEs por muito tempo, sem acompanhamento médico e sem alternativas como fisioterapia, atividade física regular e controle do peso, os riscos se acumulam e podem ser sérios.
RISCOS GASTROINTESTINAIS
Você já tomou um anti-inflamatório e sentiu que o estômago “pesou”? Isso não é coincidência. Um dos efeitos colaterais mais conhecidos dos AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) é justamente o dano ao trato gastrointestinal, ou seja, ao estômago e intestinos.
Esses medicamentos reduzem a produção de substâncias naturais que protegem a parede do estômago. Com isso, aumentam os riscos de:
- Úlceras no estômago e no duodeno (a primeira parte do intestino)
- Sangramentos digestivos
- Perfurações, que são buracos na parede do estômago ou intestino — uma situação grave que pode exigir cirurgia
Além disso, o risco é ainda maior para quem toma aspirina em doses baixas junto com o anti-inflamatório, como acontece com muitos pacientes que usam a medicação para proteger o coração. Essa combinação pode aumentar muito a chance de problemas no estômago.
Por isso, se você precisa usar AINEs com frequência, o ideal é conversar com seu médico. Em muitos casos, ele pode indicar:
- O uso de protetores gástricos
- Alternativas menos agressivas
- E o mais importante: uma abordagem de tratamento que vá além dos remédios, como fisioterapia, alimentação adequada e fortalecimento muscular.
O uso prolongado de anti-inflamatórios pode causar lesões na mucosa do estômago, como úlceras e sangramentos — efeitos colaterais silenciosos, mas perigosos.

RISCOS CARDIOVASCULARES
Além de afetar os rins, o uso prolongado de anti-inflamatórios (os chamados AINEs) também pode aumentar o risco de problemas no coração e na circulação.
Entre os principais riscos estão:
- Infarto (ataque cardíaco)
- Derrame cerebral (AVC)
- Pressão alta (hipertensão arterial)
Isso acontece porque esses medicamentos alteram o equilíbrio de substâncias que protegem os vasos sanguíneos e ajudam o sangue a circular de forma segura.
Um tipo específico de anti-inflamatório, chamado inibidor seletivo da COX-2 (ou “coxibe”), foi criado para proteger o estômago e a conter reações inflamatórias de efeitos colaterais. No entanto, estudos mostraram que esses medicamentos podem aumentar o risco de infarto e AVC, especialmente quando usados por muito tempo ou em doses altas.
Pessoas com histórico de problemas cardíacos ou pressão alta precisam ter ainda mais cuidado. Por isso, é fundamental que o uso de qualquer anti-inflamatório seja feito com acompanhamento médico, que vai escolher o remédio mais adequado para o seu caso e por quanto tempo ele pode ser usado com segurança.
Abaixo, você pode conferir a classificação da pressão arterial segundo a AHA e entender os níveis de hipertensão e quais os valores ideais para manter a saúde do coração em dia.

RISCOS RENAIS
O uso contínuo de anti-inflamatórios pode prejudicar o funcionamento dos rins, especialmente em pessoas que já têm algum problema de saúde, como pressão alta ou doença renal.
Isso acontece porque esses remédios atrapalham a produção de substâncias naturais que ajudam os rins a funcionar bem.
Com o tempo, isso pode causar:
- Diminuição da filtragem do sangue pelos rins — os rins “trabalham menos” e acumulam mais toxinas no corpo;
- Retenção de líquidos — o corpo começa a “inchar” porque segura mais água e sal;
- Aumento da pressão arterial — esse acúmulo de líquido força o coração a bombear com mais força;
- Falência dos rins — em casos mais graves, os rins podem parar de funcionar temporariamente ou de forma permanente.
O uso contínuo de anti-inflamatórios pode prejudicar os rins, afetando a filtração do sangue e aumentando o risco de insuficiência renal — especialmente em idosos e pessoas com doenças crônicas.

- Idosos e pessoas com problemas renais são os que correm maior risco.
Por isso, não é seguro tomar anti-inflamatórios por conta própria e por longos períodos, mesmo que eles aliviem a dor da artrose. O ideal é sempre conversar com um médico para encontrar o tratamento mais seguro e eficaz para o seu caso.
IMPACTO NA PROGRESSÃO DA ARTROSE
Contrariando a expectativa de que os AINEs apenas aliviam os sintomas sem influenciar a progressão da artrose, algumas pesquisas sugerem que o uso prolongado desses medicamentos pode estar associado à progressão estrutural da doença. Estudos indicam que o uso a longo prazo de AINEs, especialmente os não seletivos, pode acelerar a progressão da artrose, possivelmente levando a uma necessidade mais precoce de cirurgia de substituição articular.
TRATAMENTOS ASSOCIADOS
Diante dos riscos associados ao uso prolongado de AINEs, é crucial considerar alternativas e estratégias para minimizar os efeitos adversos:
- Uso de Analgésicos: Medicamentos como o Paracetamol podem ser utilizados para o alívio da dor, embora sua eficácia seja limitada em comparação aos AINEs.
- Terapias Tópicas: AINEs tópicos apresentam menor risco sistêmico e podem ser eficazes para dores localizadas.
- Mudanças no Estilo de Vida: Perda de peso, exercícios físicos adequados e fisioterapia podem melhorar significativamente os sintomas da artrose
- Anti-inflamatórios Naturais: Curcumina e Ômega-3 são frequentemente utilizados, uma vez que possuem propriedades anti-inflamatórias importantes.
- Acompanhamento Médico Regular: Acompanhamento contínuo para avaliar a eficácia do tratamento e monitorar possíveis efeitos adversos.
- Tratamentos Conservadores: Infiltrações articulares com corticosteróides e ácido hialurônico, podem ser indicados para atenuar a atividade inflamatória local intensa.
- Medicina Regenerativa: Aplicação de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) e Células Tronco Mesenquimais, também são indicadas para promover a regeneração da cartilagem. O PRP utiliza o próprio sangue do paciente para estimular a regeneração da cartilagem e reduzir a inflamação nas articulações com artrose. Uma alternativa promissora e biológica no combate à dor e à progressão da doença.

- Cirurgias: Em casos mais avançados, as cirurgias minimamente invasivas como artroscopias, podem ser indicadas para frear a progressão da artrose.
A artroscopia de joelho, técnica minimamente invasiva, é utilizada para diagnosticar e tratar lesões internas da articulação, com menor tempo de recuperação e menos dor no pós-operatório.

QUAIS OS PRINCIPAIS RISCOS?
Confiar apenas nos anti-inflamatórios para lidar com a artrose pode parecer o caminho mais fácil, mas, a longo prazo, pode custar caro à sua saúde. Problemas no estômago, rins, coração e pressão arterial são riscos reais quando esses medicamentos são usados continuamente, sem acompanhamento.
A boa notícia é que existe outro caminho — mais seguro, mais sustentável e com efeitos duradouros: o movimento. A atividade física regular, quando bem orientada, atua como um anti-inflamatório natural, ajudando a controlar a dor, fortalecer a musculatura e devolver qualidade de vida.
Se você convive com artrose, saiba que não está sozinho. Com o acompanhamento certo, é possível sair do ciclo da dor e do remédio diário. Cuidar das suas articulações com respeito, informação e movimento é o primeiro passo para viver melhor. E se você se interessou e quer saber mais sobre o que pode fazer para evitar a progressão da artrose, confira o vídeo “Qual o Melhor Suplemento para Artrose?”: https://www.youtube.com/watch?v=PmHPZy9dP2E&t=86s