Comum entre corredores de rua, a síndrome da banda iliotibial é uma lesão por esforço repetitivo causada pelo uso excessivo de tecidos moles na parte distal da coxa, mais particularmente na área externa do joelho. Geralmente ocorre em corredores, motivo pelo qual é conhecida também como “joelho de corredor”, e é caracterizada por dor na lateral do joelho. Mas você sabe quais são as causas da síndrome da banda iliotibial?

Quais são as principais causas da síndrome da banda iliotibial?

A banda iliotibial consiste na inflamação da região lateral do joelho resultante da fricção da banda iliotibial com o epicôndilo femoral lateral. Essa fricção repetitiva produz dor e sensação de queimação ao realizar atividades que envolvem extensões de flexão do joelho, como correr.

Contudo, as causas da síndrome da banda iliotibial podem ser diversas e vários são os fatores que podem influenciar no seu desenvolvimento. No geral, podem ocorrer devido a fatores anatômicos, biomecânicos e relacionados à técnica ou equipamento de corrida, como, por exemplo:

Técnica de treinamento inadequada

Uma técnica de treinamento inadequada com mau alinhamento dos membros inferiores facilita a fricção da banda com o epicôndilo e, consequentemente, o aparecimento da síndrome da banda iliotibial. Por isso, é importante estar ciente de vários aspectos, como:

Exercício físico excessivo

O excesso de treinamento ou descanso insuficiente entre os treinos faz com que o tensor da fáscia lata e a banda iliotibial fiquem mais rígidos, favorecendo o atrito com o epicôndilo. Por isso, os dias de descanso são muito importantes, pois você deve permitir que seu corpo se recupere do exercício. Lembre-se de que a síndrome da banda iliotibial é uma lesão por uso excessivo.

Aumento da atividade muito rápido

O seu corpo tem que se acostumar aos exercícios aos poucos. Se o treinamento é aumentado repentinamente, adicionando tempo ou intensidade, é produzido estresse que pode facilitar o aparecimento de lesões, incluindo a síndrome da banda iliotibial. Por esse motivo, é fundamental aumentar o treinamento gradativamente para evitar danos. 

Aquecimento e alongamento insuficientes

Um aquecimento adequado é primordial para preparar o corpo para os exercícios, aumentando gradualmente a frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo para os músculos. Por sua vez, o alongamento consiste em realizar uma amplitude completa de movimento para aumentar a flexibilidade, ajudando a manter a agilidade e o equilíbrio.

Uso de calçados inadequados

As características físicas do calçado e palmilha com que treinamos podem modificar a nossa técnica ou a nossa forma de correr. Essa alteração pode levar a uma técnica de corrida que provoca tensão na banda iliotibial, facilitando o aparecimento da patologia.

Dessa forma, é muito importante escolher um calçado adequado e que seja adquirido corretamente com os parâmetros de peso, tipo de terreno para o qual é feito, frequência de treino e tipo de pé. Também é essencial que  não fique muito gasto, pois sapatos velhos podem causar distúrbios nos pés que transferem uma grande quantidade de estresse para o joelho e o quadril.

Superfície de corrida

Entre as causas da síndrome da banda iliotibial, ainda é possível citar o treino em superfícies inclinadas ou duras, de asfalto. Isso porque esse tipo de superfície torna o impacto no joelho muito maior, aumentando a tensão nas articulações e condicionando a técnica de corrida. Dessa forma, os riscos de sofrer uma lesão também é maior e aumenta se não tiver um amortecimento adequado.

Fatores anatômicos e biomecânicos

Quando se fala sobre as causas da síndrome da banda iliotibial, é importante também citar os fatores anatômicos e biomecânicos que podem impactar na ocorrência dessa lesão, incluindo:

  • Joelho varo: pessoas que têm pernas curvas em um parênteses são mais propensas a sofrer de síndrome da banda iliotibial;
  • Fraqueza nos músculos abdutores do quadril: a falta de força nos músculos abdutores do quadril pode causar rotação interna excessiva do joelho durante a corrida. Esse excesso de rotação aumenta a tensão na banda iliotibial, causando lesões;
  • Pronação excessiva do pé: se o pé cair para dentro ao correr, algo que é comum em pessoas com pés chatos, a perna vai girar para dentro e o mesmo acontece com o joelho, aumentando as chances de atrito na banda iliotibial;
  • Arco do pé alto: pés muito arqueados têm uma capacidade limitada de absorver choques, o que pode causar mais estresse no joelho.

Tratamento

A pedra angular do tratamento da síndrome da banda iliotibial é uma técnica de reabilitação chamada de liberação miofascial, onde o trato iliotibial é “descolado” da aderência muscular.

Em geral, após o alívio de sintomas, com o fortalecimento do músculo glúteo médio, a corrida é re periodizada e o paciente vai, gradativamente, voltando ao esporte.

Cirurgia para a   síndrome da banda iliotibial

Apesar de pouco difundida, existe sim tratamento cirúrgico para a lesão. Em geral, são pessoas que passaram por reabilitação por longo período e mantêm queixas e limitações. Nestes casos, acredita-se que o trato iliotibial tenha encurtamento desde o nascimento e o tratamento sem cirurgia não será eficaz.

Nesta técnica, o trato iliotibial é alongado cirurgicamente e o ossinho “epicôndilo” é parcialmente retirado, trazendo alívio aos sintomas e facilitando retorno ao esporte.

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