A dor no seu joelho está piorando? A rigidez ao acordar dura mais tempo? Esses podem ser sinais de que sua artrose está progredindo.
Muitas pessoas ignoram os primeiros sintomas, achando que é apenas o envelhecimento ou um incômodo passageiro. No entanto, reconhecer os sinais precocemente pode fazer toda a diferença para evitar a progressão da doença.
Aqui te ensinarei os principais sintomas da artrose e como identificá-los antes que afetem sua qualidade de vida.
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O QUE É ARTROSE?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a artrose é a doença articular mais prevalente na população. Estudos recentes indicam que indivíduos com até 65 anos têm cerca de 30% de chance de desenvolver artrose. Quando a idade avança para 75 anos, 80% da população apresenta algum grau de degeneração articular.
As mulheres são mais propensas a desenvolver a doença, especialmente após os 50 anos, enquanto os homens têm maior propensão antes dessa faixa etária.
Historicamente, a artrose era considerada uma doença ligada exclusivamente ao envelhecimento. No entanto, por ser uma doença inflamatória crônica e nem sempre apresentar sinais clássicos de inflamação, muitos profissionais de saúde subestimam sua importância. Contudo, estudos recentes demonstram que a resposta inflamatória na artrose pode ser modulada com a abordagem correta, permitindo retardar sua progressão e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Basicamente, a artrose nada mais é do que o desgaste da cartilagem que reveste as extremidades dos ossos na articulação.

CLASSIFICAÇÃO DA ARTROSE
A classificação radiográfica da artrose segue um sistema de estadiamento, que avalia a redução do espaço articular e a presença de sinais de instabilidade. O grau 4 representa o estágio avançado da doença, geralmente indicando necessidade de intervenção cirúrgica.
A imagem abaixo mostra a progressão da artrose relacionada a perda de cartilagem articular.

O QUE É CARTILAGEM?
A cartilagem é um tecido especializado que reveste as superfícies articulares, absorvendo impactos e distribuindo a carga de maneira uniforme. Ela possui quatro camadas estruturais e é um tecido avascular (sem vasos sanguíneos) e aneural (sem terminações nervosas).
Quando a cartilagem sofre uma lesão, inicia-se um processo de degradação progressiva, com liberação de fragmentos na articulação. Isso desencadeia uma reação inflamatória, resultando na produção de enzimas como as metaloproteases, que aceleram ainda mais a degradação cartilaginosa.
A progressão da artrose depende de fatores individuais, incluindo predisposição genética e influências biomecânicas.

FATORES DE RISCO
Quem pode desenvolver artrose? Existem diversos fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença:
Hereditariedade: Pessoas com histórico familiar de artrose têm maior propensão a desenvolver a doença.
Obesidade: O excesso de peso aumenta a carga sobre as articulações e estimula a produção de interleucinas inflamatórias, acelerando o processo degenerativo.
Cirurgias e lesões no joelho: Pacientes que sofreram lesões ou passaram por cirurgias, como reconstrução do ligamento cruzado ou remoção parcial do menisco, apresentam maior risco de desenvolver artrose a longo prazo.
Desvios de eixo: Alterações na anatomia do joelho, os chamados desvios de eixo (ângulo Q), como geno varo (pernas arqueadas) ou geno valgo (joelhos em “X”), podem gerar sobrecarga articular localizada, favorecendo o desgaste da cartilagem.

Fraturas articulares: Fraturas que alteram a estrutura óssea do joelho podem aumentar o risco de artrose.
Doenças autoimunes: Condições como artrite reumatoide e artrite psoriásica podem acelerar a degeneração articular.
Esses fatores reforçam a importância do acompanhamento com um profissional de saúde para um diagnóstico precoce e abordagem adequada.
SINTOMAS DA ARTROSE
A artrose é uma doença de progressão lenta, e seus sintomas evoluem ao longo do tempo. Os principais sinais incluem:
Dor articular progressiva: Inicialmente leve, mas piora com o tempo e pode se tornar incapacitante.
Rigidez matinal: Maior dificuldade para movimentar a articulação ao acordar ou após longos períodos de repouso.
Dor associada a mudanças climáticas: Muitas pessoas relatam piora dos sintomas em dias frios ou chuvosos.
Dificuldade de movimentação: Nos estágios avançados, pode haver limitação severa dos movimentos.
Derrame articular: Popularmente conhecido como “água no joelho”, ocorre pelo acúmulo de líquido inflamatório na articulação.

Deformidades: A progressão da artrose pode levar ao desalinhamento do joelho, tornando-o visivelmente alterado.
Instabilidade: O joelho pode apresentar falhas, comprometendo a segurança ao caminhar.
DIAGNÓSTICO DA ARTROSE
O diagnóstico da artrose é feito por meio da história clínica, exame físico e exames de imagem.
Radiografia: É o exame padrão para identificar sinais característicos da artrose, como:
Redução do espaço entre os ossos;
Esclerose óssea (aumento da densidade óssea em regiões de sobrecarga);
Presença de osteófitos (“bicos de papagaio”).

Ressonância Magnética: Indicação limitada para o diagnóstico da artrose, mas pode ser útil para detectar alterações no líquido articular, lesões meniscais e edema ósseo.
ENTÃO, QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?
A artrose de joelho vai muito além de um “desgaste natural da idade”. Ela pode começar de forma discreta, com um incômodo ao levantar, uma rigidez no começo do dia ou aquela dor que aparece ao subir escadas e parece não passar. Com o tempo, esses sinais ganham força: o joelho incha, estala, fica travado — e, aos poucos, o simples ato de caminhar pode se tornar um desafio.
Mas sentir dor todos os dias não precisa ser normal. A artrose é, sim, uma doença progressiva e inflamatória, mas com o diagnóstico certo e tratamento adequado, é possível aliviar os sintomas, preservar o movimento e recuperar qualidade de vida.
Hoje, contamos com estratégias modernas e eficazes que vão muito além dos remédios: mudanças no estilo de vida, fortalecimento muscular com atividade física bem orientada, controle da inflamação e até terapias regenerativas vêm ajudando milhares de pessoas a viverem com menos dor e mais autonomia.
O mais importante é saber que você não está sozinho. Procurar um profissional experiente e acolhedor faz toda a diferença para encontrar o melhor caminho — um caminho que respeite o seu corpo, a sua rotina e, principalmente, aquilo que você quer voltar a fazer sem dor. Porque viver bem é possível. E começa com o primeiro passo: buscar ajuda.
Se você tem artrose ou conhece alguém que enfrenta essa condição, assista ao vídeo “Artrose no Joelho: Sintomas e Diagnóstico”: https://www.youtube.com/watch?v=mmaVGpRb8iI&t=123s.