Desgaste no joelho tem cura? Mas que parte é essa do joelho que desgasta? Antes de explicar sobre tratamento do desgaste no joelho, é preciso entender a estrutura que compõe o joelho e que está relacionada com grande parte das lesões e desgastes: a cartilagem.
A cartilagem é um tecido resistente e flexível encontrado em muitas partes do nosso corpo atuando como uma almofada entre os ossos das articulações evitando o atrito e facilitando a movimentação do membro para dobrar e esticar.
Por não ter vasos sanguíneos, é uma estrutura que quando lesada vai demorar a cicatrizar comparado com outras partes do corpo que possuem suprimento sanguíneo.
Existem três tipos básicos de cartilagem:
- Cartilagem elástica (amarela) – é o tipo de cartilagem mais flexível que temos. Compõe a formação da parte externa das orelhas e nariz.
- Fibrocartilagem – a mais resistente, presente em estruturas que sustentam peso, por isso encontra-se entre os discos e as vértebras da coluna e entre os ossos do quadril e da pelve.
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- Cartilagem hialina – elástica, resistente, está presente entre as costelas, ao redor da traqueia e entre as articulações (cartilagem articular).
Todos esses exemplos de cartilagem podem ser danificados.
Quais são os sintomas de desgaste no joelho mais relatados?
Nas articulações, especialmente, no joelho, quando a estrutura da cartilagem machuca (lesão condral), surgem sintomas de acordo com a gravidade da lesão. Graduamos em 4 estágios, de um leve amolecimento da superfície até grandes erosões, chegando ao ponto de expor o osso! Os principais sintomas são:
- Inflamação – a área fica inchada, mais quente do que outras partes do corpo.
- Aumento na sensibilidade e dor.
- Rigidez.
- Dificuldade na movimentação do membro à medida que o dano na cartilagem aumenta.
As lesões na cartilagem acontecem na maioria das vezes no joelho, mas podem acontecer também em várias outras articulações, como no punho, cotovelo, tornozelo, articulação do quadril e do ombro.
Em casos mais graves, a lesão pode levar ao rompimento de um pedaço da cartilagem e as articulações podem ficar travadas. Se for uma lesão aguda, pode até mesmo levar ao que chamamos de hemartrose, o acúmulo de sangue dentro da articulação. A área pode ficar manchada visivelmente e ter uma aparência de machucada vista de fora.
Quais são as possíveis causas que levam à lesão e desgaste da cartilagem (desgaste no joelho)?
- Golpe direto – se uma articulação receber um forte impacto por exemplo o que acontece durante as quedas ou um acidente automobilístico, há a danificação direta da cartilagem. Em esportes que envolvem maior impacto e contato, como no Futebol Americano, Lutas, Rugby, os atletas possuem maior risco de desenvolver danos na cartilagem.
- Sobrecarga mecânica – pessoas com obesidade sobrecarregam as articulações devido ao peso depositado sobre os membros inferiores durante anos. Existe um estresse diário sob a articulação que gera desgaste, inflamação e consequente perda da cartilagem. E também, como outro exemplo de sobrecarga, temos o envelhecimento natural (as vezes acelerado por traumas, maus hábitos, doenças etc). Esses dois exemplos, levam a artrose no joelho, que também é um desgaste amplo ou a condromalácia patelar.
- Sedentarismo – as articulações precisam de movimentação para se desenvolverem e se manterem saudáveis. Longos períodos de inatividade ou imobilidade do membro aumentam o risco de danos à cartilagem.
Como o médico chega ao diagnóstico?
Os sintomas de desgaste do joelho (cartilagem) são semelhantes a outras condições no joelho, como as entorses, lesões ligamentares, doenças inflamatórias, por isso será necessário lançar mão de alguns exames complementares, além do exame físico,para chegar ao correto diagnóstico.
- Ressonância magnética – esse exame possui a capacidade de caracterizar com detalhes as partes moles de forma não invasiva, e tornou-se excelente método na avaliação da cartilagem. Mas nem todas as condições de lesões ou desgastes na articulação poderão ser avaliados por esse método, pois dependem do grau de comprometimento.
- Artroscopia – apesar de ser mais invasivo, é um excelente método para determinar o comprometimento na cartilagem em seus variados graus, pois há a inserção de uma câmera no joelho que permite a avaliação direta da cartilagem e todas as estruturas do joelho.
Se a lesão não for devidamente tratada, a articulação do joelho pode piorar e ficar tão danificada que irá comprometer toda a mobilidade do membro.
Todos os pequenos defeitos da cartilagem articular podem eventualmente progredir para osteoartrite e deixar o membro mais rígido e comprometido se passar tempo suficiente sem o tratamento.
Mas respondendo ao nosso título, o desgaste no joelho tem cura?
Hoje em dia, várias novas técnicas foram criadas para fazer com que a cartilagem volte a sua forma mais parecida com a normal. Dependendo do grau do desgaste, alguns casos podem responder bem ao tratamento conservador sem a necessidade de cirurgia e inclui o uso de Aines (anti-inflamatório não esteroides), fisioterapia, injeções com anti-inflamatório e viscossuplementação.
Para desgastes mais graves ou que não responderam ao tratamento conservador, beneficiarão com a cirurgia.
As opções cirúrgicas incluem para o desgaste no joelho, são:
Desbridamento – busca remover as bordas soltas para que haja um infiltrado sangrante e esse poderá formar uma cicatrização com fibrocartilagem para substituir. Essa técnica pode ser feita através da artroscopia usando um shaver, um microdebridador, eletrocautérios, laser ou técnicas de radiofrequência para realizar a cirurgia.
Estimulação direta na cartilagem – sob a cartilagem danificada, o cirurgião perfura pequenos orifícios (microfraturas, perfuração ou abrasão), buscando expor os vasos sanguíneos que ficam dentro do osso logo abaixo. Isso faz com que um coágulo de sangue se forme dentro da cartilagem e isso desencadeia a produção de um tecido semelhante a cartilagem. Infelizmente, a nova cartilagem que cresce é menos flexível e menos eficiente do que o tipo de cartilagem original.
Mosaicoplastia – uma cartilagem saudável e não danificada é retirada de uma área e movida para o local danificado no joelho. Este procedimento não é adequado quando há danos generalizados, como na osteoartrite. A mosaicoplastia é usada apenas para áreas mais isoladas de danos na cartilagem, geralmente limitadas a 10-20 milímetros de tamanho; esta técnica é mais comumente usada em pacientes com menos de 50 anos que sofreram danos.
Transplante Autólogo de Condrócitos – um pequeno pedaço de cartilagem é removido e levado para um laboratório. Aqui é cultivado para produzir mais células de cartilagem. Cerca de 1 a 3 meses depois, as novas células de cartilagem são implantadas no joelho, onde crescem em tecido saudável.
Por fim, os desgastes na cartilagem são lesões de difícil tratamento, mas não é impossível! O objetivo é voltar ao mais próximo do que era antes. Para isso, hoje existem diversas técnicas e possibilidades de tratamento que melhor serão indicadas com um bom exame físico e exames complementares pelo seu médico de confiança.
Eu tratei de forma mais detalhada, sobre este tema, neste vídeo do meu canal no YouTube!
Tenho artrose no joelho passou também pras as perna fiz uma ressonância deu pequeno derrame articular eu acho qui meu joelho está disgatado vai fazer 7mese nesse sofrimento será qui eu fico boa tem cura nisso tudo tou sofrendo já fui ao reumatologista passou remédio