A Mosaicoplastia da patela, também conhecida como transplante de cartilagem da patela, é um procedimento cirúrgico bastante frequente, utilizado para tratar determinadas condições que atingem a cartilagem. Para entendermos o papel dos transplantes de cartilagem da patela, precisamos entender o que é condropatia patelar.

Condropatia patelar e quando a mosaicoplastia é indicada

A condropatia patelar uma doença da cartilagem que acomete:

  • Pessoas que praticam esportes sem preparo físico adequado (como corrida de rua);
  • Pacientes que possuem condromalácia até o grau 4, resultando em afundamento da cartilagem;
  • Pessoas que sofreram entorse do joelho e a patela se deslocou, gerando uma erosão cartilaginosa. 

Uma vez que existe um buraco na cartilagem da patela, existem alguns sinais cardinais como:

  • Dor ao subir escada que afeta somente o joelho acometido;
  • Derrame articular (sinovite artrítica, que é uma reação inflamatória que gera excesso de líquido no joelho e leva à destruição articular);
  • Estalidos no joelho;
  • Atrofia muscular.

O diagnóstico dessa condição é feito a partir da análise do histórico do paciente, análise dos sintomas e realização de exames complementares, como a ressonância magnética. Através desse exame, pode ser notado o ponto da patela que apresenta erosão. Também pode ser notado sinais de edema ósseo, que é identificado através de uma área esbranquiçada acima da erosão focal.

 

Como é feita a mosaicoplastia de patela

 

A mosaicoplastia é feita com ajuda de uma microcâmera que é inserida no joelho para identificar o tamanho da lesão que aconteceu dentro do joelho. Muitas vezes, a lesão é maior do que identificada pelos exames realizados e a partir desse procedimento médico consegue ser certificado o tamanho da erosão. Quando esse dano apresenta até 2 cm quadrados, pode ser feita a indicação para essa cirurgia.

Na mosaicoplastia, o joelho é aberto, a lesão é medida e é feita a remoção de um plug ósseo de uma área que não recebe tanta carga, geralmente na região súpero-lateral do joelho, do tamanho do da lesão. Esse plug é utilizado para substituir a área danificada. 

Feito isso, o joelho é fechado e se dá início ao período pós-operatório. Nesse período é feita a imobilização do membro afetado, de uma semana a 10 dias. Nessa fase, o paciente pode utilizar muletas por 6 a 8 semanas, dependendo do tamanho da lesão. Também é feito o processo de fisioterapia e utilização de medicamentos para controle da dor. 

Através da ressonância magnética, o médico pode solicitar um mapeamento T2 para verificar a formação da cartilagem. A área de onde foi retirado o plug ósseo passa pelo o processo de cicatrização e não costuma apresentar nenhum defeito ósseo após o processo. Facebook ósseo já vem pronto já apresentando a cartilagem. 

Uma vez que a lesão não precisa esperar um processo de cicatrização e formação de cartilagem do tipo 2, esse é um procedimento muito vantajoso. 

 

Mosaicoplastia, como é a recuperação e o retorno para o esporte?

 

O retorno por esporte é feito através do protocolo FMS, com ajuda do médico do esporte, de preferência o cirurgião que realizou o procedimento, a equipe de fisioterapia e o profissional de educação física.

Dependendo do esporte praticado, o retorno ao esporte acontece a partir do oitavo mês após o procedimento. No caso de esportes de alto impacto, como futebol, basquete e vôlei, o retorno deve acontecer após um ano. 

É importante lembrar que o profissional de educação física e o personal trainer precisam ter um contato constante com a equipe médica para saber exatamente quais são os melhores exercícios, angulações e atividades para que a pessoa não tenha sobrecarga e evite a recidiva dos sintomas. 

Eu falei mais sobre isso, neste vídeo do meu canal:

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