Você foi chutar ou foi pegar aquela bola difícil no jogo de tênis e sentiu uma fisgada na região posterior da coxa ou na panturrilha. Tentou continuar jogando, mas no dia seguinte, além de não conseguir caminhar, notou uma formação de hematoma? Você pode ter tido uma distensão muscular!

Muitos episódios de dor na perna e em outras regiões do corpo são causados por danos aos músculos ou ligamentos. Embora uma distensão muscular não pareça uma lesão grave, a dor resultante pode ser surpreendentemente séria, fazendo com que seja necessário consultar um ortopedista. Mas, afinal, isso é grave? Vai me incapacitar? Conseguirei voltar a bater uma bola?

Vamos lá!

O que é distensão muscular e quais as suas principais causas?

A distensão muscular é a ruptura em maior ou menor extensão de um músculo, geralmente das pernas e da região lombar. Ou seja, trata-se de uma lesão que danifica a estrutura interna do músculo. E, normalmente, ocorre pela tensão ou esforço que é exercido sobre o músculo e que ele não consegue suportar. Em outras palavras, ocorre devido ao alongamento excessivo ou contração do tecido muscular. 

Isso pode acontecer de várias maneiras, como, por exemplo:

  • Flexibilidade insuficiente;
  • Atividade física ou esforço excessivo;
  • Falta de aquecimento ou aquecimento inadequado antes de iniciar atividades físicas.

Além disso, dependendo da gravidade da lesão, pode ser classificada da seguinte forma:

  • Primeiro grau: leve dano às fibras musculares;
  • Segundo grau: ruptura parcial do músculo;
  • Terceiro grau: ruptura muscular total das fibras musculares.

Quais são os sintomas dessa lesão?

Os sintomas da distensão muscular incluem, principalmente, dor e dificuldade de mover o músculo lesionado, que pode ser pior dependendo do grau. Por exemplo, se for de primeiro grau, você pode estar com a área sensível e os músculos tensos. Mesmo assim, você poderá continuar suas atividades.

Nos casos um pouco mais graves, de grau 2, você pode sentir dores musculares consideráveis. Além disso, o músculo fica mais rígido e a área ao redor da lesão inflama. A dor piora com o movimento, por isso o impedirá de continuar com suas atividades. Você pode até ter alguns hematomas.

Já nas lesões de terceiro grau, a dor será forte, você terá muita inflamação e perderá a função muscular. Se a distensão for significativa, pode haver uma protuberância ou irregularidade que não estava presente anteriormente na área lesada.

Quem eu devo procurar?

O ideal é sempre consultar um ortopedista com formação esportiva ou um médico do esporte. O colega médico vai avaliar o grau da lesão, o grau de incapacitação e vai iniciar o tratamento. 

Sabe-se que, quanto mais precoce, melhores os resultados a longo prazo. Um jogador de futebol, por exemplo, sob a suspeita de uma distensão muscular começa o tratamento através de recursos da fisioterapia no próprio vestiário.

O que é contra-indicado?

Hoje, o comitê olímpico internacional contra-indica tratamentos populares no passado como:

  • Uso de anti-inflamatórios, pois aumentam o risco de fibrose;
  • Alongamentos, pois aumentam o risco de re-lesão;
  • Retorno precoce ao esporte.

E o tratamento, como funciona?

O tratamento deve seguir o consenso internacional conhecido como P.E.A.C.E. A.N.D. L.O.V.E.:

  • Proteção;
  • Elevação;
  • Evitar os anti-inflamatórios, como citado anteriormente;
  • Compressão;
  • Educação (esclarecimentos ao paciente);
  • Retirada de peso (muletas);
  • Otimismo (resiliência);
  • Vascularização: manter o condicionamento cárdio-respiratório;
  • Exercícios na fisioterapia.

O tratamento para distensão muscular também irá variar conforme o grau da lesão:

  • Grau 1: repouso, gelo, elevação e compressão. Posteriormente, realizar alguns exercícios sem carga e com baixo envolvimento muscular e alongamento indolor;
  • Grau 2: o mesmo tratamento citado será anteriormente aplicado, embora o uso de exercícios isométricos seja adicionado aos exercícios prescritos para facilitar a recuperação;
  • Grau 3: para o tratamento dos casos mais graves, serão seguidos os mesmos passos dos casos anteriores, embora sua aplicação se prolongue por períodos mais longos até a recuperação progressiva e lenta.

Outros métodos de tratamento também podem ser utilizados, como a utilização de medicamentos anti-inflamatórios. Contudo, é válido ressaltar sempre sobre a importância de procurar ajuda médica, em especial se o inchaço piorar com o tempo, a dor não passar e você não puder movimentar as suas pernas. Dessa forma, você pode ter o correto diagnóstico e seguir o melhor tratamento de acordo com o seu caso.

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